<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d32597565\x26blogName\x3dProsavulsa\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://prosavulsa.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://prosavulsa.blogspot.com/\x26vt\x3d-2570067126588491847', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script> Prosavulsa

domingo, janeiro 30, 2011

Refúgio

escondo nos cantos uma casa santa
nos cantos dos escombros que carrego em mim
uma casa idílica, aberta aos rebojos de vento
nos cantos que entôo sob a madrugada que contemplo

escondo as paredes podres de uma casa
a mesma que escondia desejos vorazes
de homens detidos em suas necessidades
a casa que trago em mim revela pouco ao mundo,
agora já tão deserta

nesta casa larga, larguei meu passado
nos cantos onde a poeira detêm a maquina do tempo
onde os ponteiros escondem as horas
enquanto respiro a poeira dos dias que trago sob as unhas

nos cantos de mim, trago a casa que nos perdeu
não acho fotos, nem resquícios de amor ou secas secreções
mesmo as dores esta casa em mim quer apagar
mesmo nossos rostos estarrecidos diante do espelho

não há saída, só a memória de uma ou outra estória
presa à retina da partida que nos despistou
sempre um sopro, mas logo um sufocar
procuro nesta casa um sonho, um toque...
perdido na ilusão do futuro.

Marcadores:

sábado, janeiro 29, 2011

peso morto

Na cor inerte daquela casa ocre o homem sonha um tombo torpe. Discreta a vaga torta que lhe atropela e disseca a sua fera. Em suas paredes o homem pendura um retrato do século dezenove. Parece uma brisa cálida perdida entre um bosque petrificado. O homem deitado observa o seu vulto no vão entre o mundo e sua saudade. Este retrato - uma estátua rachada - fita-o igualmente, murcho sobre o catre. Na cor vermelhidão do pesadelo ele pendura o medo. Eu chego e deito em mesóclise: pau pedra sabão. O que somos além de fé furada e lençóis molhados revirados ao avesso da rua que nos esconde: homens elefantes.



(suscitado pelo livro homônimo de João Castilho)

seca

recolho os grãos
os grãos e as pedras
que ponho na sopa

recolho a vida
árida e pérfida
em cada gota


recolho o sol do meio do dia
e a luz escura que
escorre da pedra oca que devoro

parece puro este fel

recolho o véu do teu sexo
iemanjá manjada
calcária e sem sal

aos poucos aos moucos

recolho a sombra da língua
que sibila escapa cai
e aquece-me serena e sorrateira

recolho a fome o olho
a fenda o sabor do falo
e encolh
o