seca
recolho os grãos
os grãos e as pedras
que ponho na sopa
recolho a vida
árida e pérfida
em cada gota
recolho o sol do meio do dia
e a luz escura que
escorre da pedra oca que devoro
parece puro este fel
recolho o véu do teu sexo
iemanjá manjada
calcária e sem sal
aos poucos aos moucos
recolho a sombra da língua
que sibila escapa cai
e aquece-me serena e sorrateira
recolho a fome o olho
a fenda o sabor do falo
e encolho
os grãos e as pedras
que ponho na sopa
recolho a vida
árida e pérfida
em cada gota
recolho o sol do meio do dia
e a luz escura que
escorre da pedra oca que devoro
parece puro este fel
recolho o véu do teu sexo
iemanjá manjada
calcária e sem sal
aos poucos aos moucos
recolho a sombra da língua
que sibila escapa cai
e aquece-me serena e sorrateira
recolho a fome o olho
a fenda o sabor do falo
e encolho
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