(des) construção
A cidade cedo dorme sede adormecida
e disfarça as cores sob o artificial das luzes
cegas secas solitárias
esconde-se um homem leve sob escombros
de vidas que se revelam entre as frestas
d´uma janela apagada
caos sereno instalado no vento vago das vontades
lançadas no precipício do mistério-madrugada
os passos assombram soltos os pés passantes –
louvor sempre lasso e macio
no caminho curvo ou bifurcado – trilhas apressadas
encontra a puta a penumbra onde se espraia
à espreita dos outros que vêm e vão e vêm
entregues à fome fixa do fantasma gris
que persegue estrelas estreladas
a cidade rasga o rito – rastro gasto de animais
vorazes que se entremeiam (ruas praças esquinas) –
e alimenta o mito e o sonho oco
do arquiteto do universo.
Marcadores: Poesia
6 Comments:
Poema que toca as entranhas...
O ser a vida e a fera nessa esfera de sentidos...
Boa semana pra você...
Beijos...
:)
uma janela apagada sugere muito, como a noite fez ao poema.
Ótimo!
[]´s
imagens que cortam
imagens que despertam
imagens que incomodam
e o fazem
com apuro
sensibilidade
beleza...
, o som das palavras e frases e versos auxiliam na construção de imagens...
|abraços meus|
exclente poema, bom para ser gritado em praça pública.
abraços
rubens
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